terça-feira, julho 28, 2009

Castelo de areia?

Sou estudante de jornalismo. Estou quase no fim do meu processo de graduação. E, da noite pro dia, meu diploma perdeu valor. Motivo para desespero, para revolta? Meus colegas que me perdoem, mas não compartilho dessa opinião.

Quem entra na faculdade em busca de um diploma já está fadado ao fracasso. Um curso superior existe para formar, não diplomar. E a formação jornalística continuará existindo. E, para mim, não perde seu valor. Aliás, deve ser melhorada. A Universidade que não conseguir formular um excelente curso de Jornalismo não será mais capaz de atrair alunos. Acredito que o fim da Lei de Imprensa representará também o fim de cursos mandraques. Além do mais, a Lei feria o princípio básico da função jornalística, que é a liberdade de expressão.

A único ressalva que faço nessa confusão toda é sobre o motivo que decretou a queda da obrigatoriedade do diploma jornalístico. Não foram as razões filosóficas que derrubaram a Lei de Imprensa, mas sim o lobby das grandes empresas. Querendo desmoralizar a classe e derrubar alguns direitos como, por exemplo, piso salarial, as coorporações jornalísticas (ou jornaleiras?) forçaram o desfecho alcançado.

Se os fins justificam os meios, não tenho nada a reclamar. Mas não acredito que possamos escrever certo por linhas tortas. Jornalistas são ferramentas sociais de importância e responsabilidade monstruosas. A nova estrutura da função foi fundada em alicerces comerciais. Só espero que não façamos do jornalismo um Palace II.