segunda-feira, maio 28, 2007

Utopus

Não há limites físicos/geográficos para a Internet.
Melhor ainda, não há limites físicos/geográficos COM a Internet.
Hoje estou escrevendo do Mackenzie. Mas poderia estar em Butão, Bangladesh, Amsterdã, Santiago, Budapeste, Washington, Viena, Bruxelas, Congo, Roma...

Ok, talvez eu me fascine com pouca coisa. "Pouca coisa" porque minha geração já se encontra inserida nesse universo sem limites...
Ainda assim, fico deslumbrado...

No mundo novo, não existe "lugar".

quarta-feira, maio 23, 2007

Não urine no chão

A raça humana vive um período de falência.
Isso é fato.
Só não sei se é uma tragédia. Acho, sinceramente, que não merecemos o lugar em que vivemos. Sim, estou generalizando. Mas também não acho que cabe a mim apontar quem está correto ou não...

Agora, precisar mandar fazer uma placa como a da foto é um atestado de óbito da civilização. Ok, eu até entendo os dois últimos itens: "Após o uso dê a descarga" e "Jogue o papel higiênico no cesto". Esses passam, sendo muito complacente. De fato, não é difícil imaginar gente que não cumpra essas regrinhas sanitárias. Mas não me venham com "Não urine no chão". Isso não desce, isso me revolta.

Estamos fadados à desgraça mesmo...

segunda-feira, maio 21, 2007

Fantasias

Domingo, por volta de 7 horas da manhã. O Homem-Aranha e seu companheiro saudita, dono de uma empresa petrolífera gigantesca circulam livremente pela região do Terminal da Lapa, zona oeste de São Paulo. Chegaram e se foram de ônibus, depois de passarem a madrugada em um ponto distante de qualquer coisa crível. Algumas pessoas se assustaram com a presença inusitada da dupla. Outras acharam graça. Fato é que algo fugiu da mesmice naquela hora.

Festa à fantasia
Sim, a dupla havia saído de uma festa à fantasia. Não havia Homem-Aranha nem magnata árabe. Haviam eu e o Pacheco, entorpecidos e empolgados com uma noite divertidíssima e incomum, na qual havíamos encontrado com a Branca-de-Neve, a Alice, uma Boneca, um Mafioso, um Regueiro, o Super-R, uma Fada, um Palhaço, um Mosqueteiro, o Super-Homem, a Liza Minneli, a Cleópatra, um Jardineiro, um Segurança, um Moto-Boy, o Quico, Coelhinhas, Marinheiras e muitos outros na casa da Minnie (o Mickey não foi, pois tinha viajado). Sim, algo fugiu da mesmice.

A rotina também serve para ser quebrada...

sexta-feira, maio 18, 2007

World Press Photo 2007

Está em exposição, no SESC Pompéia, uma galeria com as melhores fotos jornalísticas de 2006. Trata-se da World Press Photo 2007, uma das mais importantes mostras do fotojornalismo mundial. Reúne 205 fotos de todos os cantos do mundo, sobre os mais derivados assuntos: do esporte à guerra, da ecologia à vida urbana.
Em destaque, a foto vencedora deste ano, do americano Spencer Platt. A imagem retrata um grupo de jovens libaneses, aparentemente abonados, voltando para casa, à frente de um cenário destruído por bombardeios israelenses. Além de desmistificar a figura do atraso generalizado que comumente se tem do Líbano, a foto explicíta o espanto com a situação, já que data de 15 de agosto de 2006 (dia de cessar-fogo entre Israel e Hezzbollah).

Outro destaque é a participação brasileira na mostra. Um ensaio clicado por João Kehl, 25 anos, sobre uma academia de boxe montada debaixo de um viaduto por um morador de rua recebeu o prêmio na categoria "Esportes em Geral". São doze fotos muito bem produzidas e bonitas, que traduzem bem o espírito de luta e superação do "admnistrador" e dos freqüentadores da academia.

Há algumas imagens bem chocantes, mas nada de sensacionalismo ou mau-gosto. Na realidade, o que mais impressiona é a veracidade da situação retrada. Não é raro o questionamento "Que mundo é esse??" pipocar na sua cabeça durante a visita. O espectador olha a foto e é tomado por reações à imagem. Porém, somente quando é contextualizado pela história da foto, no rodapé do quadro, que o choque o toma de verdade. E acho que essa é a beleza do hipermidiatismo, da convergência de mídias. O texto complementa a imagem, e vice-versa.

Eu, como leigo, recomendo.

World Press Photo 2007 - Em cartaz até 10 de junho, no SESC Pompéia - aberto de terça a sábado, das 9:30 às 20:30; de domingo, até 19:30. Entrada gratuita.

Fotos: Divulgação

quinta-feira, maio 17, 2007

Blogs...

Estou envolvido em mais dois blogs.
O primeiro é meu. Trata-se da minha modesta e crua opinião sobre a sétima arte. Quem gosta de cinema e gosta do que este que vos lhe escreve pensa, acesse: http://secao7.blogspot.com

O segundo é o Jardim Suspenso, blog do qual sou colaborador. Feito por palmeirenses para palmeirenses. Qualquer outro torcedor também é bem-vindo! O endereço: http://jardim-suspenso.blogspot.com

Enjoy!

Time alone...

A vida é muito inconstante. Não sei até que ponto isso é bom, agradável. A realidade é que nunca nos damos por satisfeitos. Se nada acontence, queremos tudo. Se tudo acontece, não queremos nada.
É tudo questão de timing, já dizia minha irmã.
Pena que eu pareço estar sempre atrasado. Quando os outros se abrem, eu me fecho. Quando eu me abro, os outros estão fechados.
Não acho que seja privilégio meu...

...Time will tell.

terça-feira, maio 08, 2007

Yin&Yang


Uma imagem vale por mil palavras. Pena que eu estudo pra ser jornalista, não fotógrafo/ilustrador/desenhista...


Ok, feita a piada babaca, falemos sério.
Seu oposto não te anula. Seu oposto te cria.
Não acredita?
Veja a foto.
Pra complementar a imagem, a reflexão do dia (esta feita por Nelson Motta):

Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...

P.S.: A foto é minha, tirada com o celular. Viva a privatização...
P.S.2: Interpretem-na como quiserem! Só coloquei o que eu vi...

domingo, maio 06, 2007

Misantropo

Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite... Menos eu.
Todo mundo tem sempre algo pra fazer, algum lugar pra ir, alguém com quem sair.

Não, não é que eu não tenha.

É só questão de me fechar.

O problema é meu.

Hoje, meus amigos são Simon & Garfunkel.
Hoje, meu passeio é na internet.
Hoje, minha conversa é com o blog.

Estou de mudança para o SecondLife...

Hoje eu quero sair só...



Com os devidos créditos pro Lulu Santos, pra Pri e pro Lenine.

quinta-feira, maio 03, 2007

Deibaidei

Voz, irritação, enrolação, voz, cobertor, irritação, enrolação, voz, cobertor, janela, irritação, pantufa, porta, pia, escova de dente, água, jornal, tv, orkut, chuveiro, água, armário, gaveta, calça, camiseta, sofá, tv. Banco, prato, talher, arroz, batata-frita, bife, coca-cola, fio-dental, escova de dente, água, lentes, chiclete, pulseira, brincos, celular, interfone, mochila, porta, elevador, hall, conversa, portaria, rua, ponto, conversa, ônibus, carteira, dinheiro, cobrador, dinheiro, carteira, mochila, banco, óculos, música, trânsito, buraco, moto, carro, buzina, cemitério, trânsito, buraco, moto, carro, buzina, cemitério, ponto, consolação, farol, piauí, prédio, elevador, multidão, escada, fadiga, sala, conversa, professor, aula, conversa, listras, camiseta nova, suspiro, escada, terceiro andar, coca-cola, pirulito, sala, conversa, professor, aula, conversa, elevador, multidão, escada, térreo, piauí, conversa, consolação, ponto, tempo, ônibus, música, multidão, equilíbrio, cansaço, sono, fome, ponto, rua, portaria, hall, elevador, porta. Pia, água, banco, prato, pão, requeijão, queijo, coca-cola, fio-dental, escova de dente, louça, chuveiro, água, tv, computador, msn, orkut, música, violão, msn, orkut, violão, escova de dente, cobertor, música, confusões, travesseiro, pensamentos, sono, confusões, fim.

domingo, abril 29, 2007

McSolidão

Somos prepotentes.
Eu, pelo menos, sou.
E a primeira frase do texto explicita isso. Já anseio em falar por todos...

Mas nunca é tarde pra retratar os erros. Hoje falarei por mim, me isolarei. Assim como fiz nesse fim de semana...

Sou prepotente. Há tempos quero morar sozinho, fincando a bandeira da independência no meu lar/retiro. Determinar quando dormir, quando acordar, o que fazer e quando fazer. Essas eram as reivindicações da minha revolução. Sábado e domingo me brindaram com a realidade.
Meus pais e irmã viajaram, deixando-me o apartamento e o fim de semana. Nas primeiras horas, alegria. Som alto e eu dançando de cueca, como o Tom Cruise.
"Eba, almoço no Mc!"
"Janta no
Mc!"
"Outro almoço no
Mc!"

Não ter controle nem público é, inegavelmente, agradável... Estar sozinho, também. Porém, o tempo jogado fora no cesto do ócio incomoda.
De repente, não ter ninguém falando que a louça precisa ser lavada incomoda.
De repente, não ter ninguém falando que a música 'tá alta incomoda.
De repente, não ter ninguém pra dividir a atenção incomoda.
Aliás, não ter ninguém pra prestar atenção incomoda.

E, principalmente, McDonald's incomoda...

Pai, mãe, irmã... Ainda vão ter que me agüentar por um tempo!
Eu e a minha prepotência...!

sábado, fevereiro 03, 2007

A serenidade dos conformados

Há algo de errado com o mundo.

Aliás, há muito de errado com o mundo. Fisicamente falando, estamos à beira de um colapso que envolve questões complicadíssimas como, por exemplo, super aquecimento global, falta de recursos naturais para abrigar a população, efeito estufa e todos esses outros que ouvimos e lemos em todos os canais de comunicação. Como se não bastasse, atravessamos um período de falência social enorme. Crianças morrem de fome em pleno século XXI. Pobreza, desemprego, má distribuição de renda, carência de saneamento básico, falta de condições mínimas para a vida. A causa de tudo isso é clara e conhecida há décadas: o comportamento humano.

Chega a ser irônico, já que somos considerados "homens" por sabermos usar nossa racionalidade. Portanto, dizer que um ser que comete atrocidades sociais e crimes contra o planeta que o abriga é "humano" seria desconsiderar a etimologia da palavra "humano". Porém, como quem dá significado aos verbetes é o cotidiano - veja o caso de "medíocre", que de tanto ser usado erroneamente, passou de "mediano" pra "ruim" - destruir a harmonia do mundo não é mais desumano. E é isso que me assusta. É esse o "algo" de errado com o mundo. Cadê nossa indignação?! Cadê a vontade de mudar?! Não vejo em lugar nenhum... A grande maioria das pessoas prefere fechar os olhos e fingir que as engrenagens rolam normalmente.

É a serenidade dos conformados*.


A ganância tem sido o grande combustível do Planeta Azul. Mudemos isso! Permito-me recorrer à Revolução Francesa, que bradava os verdadeiros motivos para o Mundo girar: liberdade, igualdade e fraternidade! Vou além... Amor, respeito, carinho. A beleza das pequenas coisas, como o sorriso de um amigo e/ou de um desconhecido!

Qualquer sabedoria é bem-vinda neste blog. Hoje, recorro à popular: o pior cego é aquele que não quer ver...

INCONFORMADOS DO PLANETA, UNI-VOS!


*Termo extraído de um brilhante texto da Rô, sem título conhecido! Obrigado pela inspiração!

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Humandróide

Infelizmente, não entramos no mundo com manual de instruções. Seria muito mais fácil. Saberíamos como agir, o que fazer, o que pensar. E, se tudo falhasse, saberíamos como desligar. É como me sinto agora. Com vontade de apagar, por tempo indeterminado. Não saber o que pensar cria monstros invencíveis e destruidores, que acabam com a sua paz e tranqüilidade. Monstros que te roem por dentro e por fora e te forçam a se mascarar.

Riscos de quem acha que a vida só vale se for intensa.
Conselhos pra amanhã: não ame demais, não super valorize nada, não se iluda, mate as esperanças.

Não, você não vai ser feliz desse jeito. Mas também não vai mergulhar num poço de desilusão e tristeza, do qual é muito mais difícil sair do que entrar.

É, a existência é perigosa. Acontece que, infelizmente, não entramos no mundo com manual de instruções...

O moleque de ontem

Vida nova, blog antigo. Reflexo de uma realidade já não mais tão clara.

2007 já vomitou na minha cara as suas primeiras lições. Lições tão aterrorizantes que me fizeram perder o rumo. Tudo o que eu aprendi nos últimos três anos da minha vida, posso guardar no fundo da minha gaveta mental. Pouca coisa interessa agora. Nada é como era antes.

"O futuro não é mais como era antigamente", diria Renato Russo.

2007 fez questão de me ensinar, na marra, que certeza é utopia e nada é trilhado em espaços diminutos. Quem não enxergar a floresta, fica pelo caminho. O mundo cor-de-rosa de um mês atrás morreu no sexto ano do século XXI. Chega de acomodação, de sossego. Vida de gente grande, daqui pra frente. Sonhos são realizações condecoradas.

A faculdade chegou...

terça-feira, dezembro 05, 2006

Em um país que tudo se pode, qualquer coisa pode acontecer...

Somos um povinho miserável.

Desculpe-me ufanista de plantão, mas não há motivos para otimismo. Digo isso por causa desse trailer...





"Turistas" é a primeira produção da FoxAtomic, sub-divisão da americana Fox. Trata-se de um filme de terror de baixo orçamento sobre um grupo de americanos que, em visita ao Brasil, é seqüestrado por um maníaco que os tortura. Trata-se de um filme destruído pela crítica especializada norte-americana. Trata-se de um fracasso nas bilheterias (US$ 3,5 mi nos três primeiros dias de exibição). Trata-se também do novo estopim patriótico dos brasileiros.
Havia tempos não existia tamanha revolta nos corações tupiniquins. Já existem várias comunidades no Orkut contra o filme e diversos grupos de boicote.

O que parece não estar claro é que o filme em questão é uma ficção, não um documentário! A história poderia se passar em qualquer país, mas, ocasionalmente, se passa aqui. Como somos medíocres, temos essa reação. Enchemos os corações de patriotismo quando a paulada vem de fora, mas parecemos não ligar quando nos atingem por dentro. Amar a nação não é boicotar um filme de terror que, por tabela, loca um psicopata nas nossas praias. Amar a nação é querer o bem da mesma e lutar por isso. É se indignar com mensalões, sanguessugas, dossiês, Lulas e Lulinhas.

Indignação e patriotismo o brasileiro mostra que tem. Só resta saber quando é pra ter.

Vou ver o filme. E, sem medo de soar arrogante, afirmo que amo meu país mais do que, pelo menos, 60,83% dos brasileiros...

segunda-feira, novembro 27, 2006

O Casamento das Luas

Freqüentemente, a velhice, mesmo sábia, não tem nenhuma noção do ridículo nos momentos de alegria, podendo mesmo chegar a dançar rodas e sarabandas, numa curiosa volta à infância.

É com o maior respeito e admiração que uso essa passagem do conto "O casamento da lua", de Vinícius de Moraes para ilustrar o ocorrido nos comentários do texto passado. Não que considere ridícula a discussão aqui locada. Muito pelo contrário! Apenas lembrei dessa passagem ao ver o debate entre os "velhinhos", como foi dito pelos próprios. Me senti orgulhoso de ter causado essa "volta à infância" de três monstros da cultura e do conhecimento.

Acho que, enquanto a democracia reinar, podemos ter esperança de um mundo melhor. O que me deixou agraciado foi ver o exemplo de democracia que eu tive aqui, no meu blog. Três visões diferentes puderam conflitar livremente, sem nenhuma censura ou bloqueio. A Internet nos permite isso. Independentemente de concordar ou não com o que foi dito, o que importa é que aquilo que foi dito, pode ser dito. Como disse Rousseau (citado por Soares).

Em um pequeno blog como este, tivemos uma enorme aula sobre democracia, ciências sociais, política.
Ainda resta esperança. Precisamos aprender com o passado, ouvir os mestres da nossa vida, juntar um pouco da Lua de cada um. E, quando chegarmos lá, quando atingirmos o nirvana político, voltaremos à infância e dançaremos rodas e sarabandas.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Blowin' In The Wind

Aos que viram a palestra do Senador Suplicy:

Quantos escândalos teremos de presenciar,
antes de abrirmos os olhos?
Quantos milhões terão de ser desviados,
para percebermos o que está acontecendo?
Quantos assessores devem ser presos,
antes que tomemos alguma atitude?
A resposta, meu amigo, está sendo dada pelo vento.
A resposta está sendo dada pelo vento.

Sim e quantos mensaleiros deverão ser punidos,
antes de uma revolta definitiva?
Quantas pessoas serão enganadas,
antes de verem a verdade?
Quanto tempo teremos de agüentar essa laia,
antes que haja uma mudança?
A resposta, meu amigo, está sendo dada pelo vento.
A resposta está sendo dada pelo vento.


Sim e quanta ignorância ainda teremos de engolir,
antes que a máscara dos poderosos caia?
Quanta hipocrisia e populismo teremos de enfrentar,
antes que a população acorde?
Quanto tempo o Brasil irá desperdiçar,
antes que o PT deixe o poder?
A resposta, meu amigo, está sendo dada pelo vento.
A resposta está sendo dada pelo vento.

domingo, outubro 29, 2006

Desabafo

Vergonha. É tudo que posso sentir agora.

Falando em sentir, previno o leitor sobre a carga desse texto. Ele está lotado de emoções. Portanto, se aquele que vos escreve parecer irracional, releve...

Vergonha. Vergonha de viver nessa republiqueta. Não posso assumir essa vantagem esmagadora que Lula obteve. Não consigo engolir o quão manipulável somos, o quão idiota somos. É como a piada que rola na Internet: Lula não é um presidente reeleito. É um presidente repetente. Com o nosso aval... Não é possível que o brasileiro mereça isso. Pois quer saber?! Merece sim, já que aquele que ganha o direito ao voto, merece o governante que tem.
Mas não... Eu me recuso! Os números que se danem: eu não elegi esse presidente! Recorro ao Diogo Mainardi e digo que Lula não é o meu presidente. Pode ser o seu, mas eu me recuso a concordar com isso.

Mas ainda me resta esperança. Eu sei, acho que sou o último romântico... Mas eu sei que ele não vai concluir esse mandato. Lula vai afundar na própria lama. Não vão sobrar mais assessores, companheiros, camaradas, seguranças, churrasqueiros. Ele vai estar sozinho, sem ninguém para acobertá-lo... Alguém vai chegar até ele e o discurso da ignorância vai cair. O papo do "nada sei" vai acabar. Em algum momento desses próximos 4 anos ele vai cair do palco da virtude moral em que se coloca. E o tombo vai ser feio. Pois quanto maior a altura, maior a queda... E o lulismo já foi longe demais.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Os Alckminstas estão chegando

Aos desafetos de Lula,

É doloroso acreditar nas armadilhas que a democracia nos prega. É por causa dela que somos governados por quem somos governados. É por causa dela que seremos governados por quem seremos governados. Mas não devemos nos dar por vencido agora. Afinal, é nossa culpa isso que está acontecendo agora. Fomos uma oposição burra e fraca. Falhamos, pois confiamos na democracia.

Sim, a culpa é nossa...

Tínhamos todas as armas legais para derrubar Luís Inácio Lula da Silva. Já derrubamos um presidente antes, mas nunca tivemos tantos motivos para fazê-lo. No entanto, não o fizemos. Preferimos acreditar na democracia. Na vitória nas urnas. Esquecemos de que se tratava do santo Lula. Por isso, é nossa obrigação derrubá-lo.
É nossa obrigação esquecer do que as pesquisas estão apontando agora e votar. É nossa obrigação fazer de tudo para conseguir alguns votos para Geraldo Alckmin. E se isso falhar, será nossa obrigação derrubá-lo antes de o segundo mandato ser concluído. É nossa obrigação destruir a eleição da impunidade, da falta de ética.

Falhamos. Mas ainda temos tempo de corrigir o erro. Faltam menos de dois dias para as eleições, para o momento final. E, se falharmos novamente, teremos mais 4 anos para não falhar mais.

terça-feira, outubro 24, 2006

A luta continua, companheiros

Tenho um problema pessoal com Lula. Tenho um problema que vem antes dos escândalos, das mentiras confirmadas, do cinismo presidencial, da arrogância que o poder lhe deu. Isso porque, durante toda a minha breve vida, eu fui ensinado que explorar é uma coisa ruim. E Lula é um explorador. Lula e toda a canalha do PT. E da pior espécie. Pior dos que os "porcos burgueses" que eles tanto atacaram. Explorar a ignorância alheia é extrair a liberdade de um povo.

Dizer que o PT é um partido de discurso populista é chover no molhado. Até porque, historicamente, as vertentes de cunho esquerdista sempre adotaram essa arma. Alguns realmente porque acreditam na palavra que pregam e outros porque sabem que o populismo é uma das mais poderosas massas de manobra que existem. Todos dizem isso, é senso comum. O que eu não vejo com freqüência é um ataque direto a essa prática. E isso me revolta! Pregar um discurso populista é mentir. É forçar um apoio popular. É explorar um povo mal-tratado por diferenças abusivas (sejam elas sociais, econômicas, culturais, educacionais). E essa época eleitoral só explicita ainda mais isso.

O carro chefe da campanha petista é o "Bolsa Família", projeto de assistência social intensificado radicalmente no governo Lula. Quer algo mais populista e mentiroso do que assistencialismo?? Dar o peixe sem ensinar a pescar é errado! E isso não é novo. É bíblico! No entanto, isso não interessa ao projeto de poder de Dirceu e cia. O "Bolsa Família" vai continuar do jeito que está não porque é o correto para o país, mas porque é um grande "cale-se" para o povo. Panis et circenses básico (e o povo brasileiro anda tão carente que nem precisa mais do circo para contentá-lo). Do outro lado, os tucanos nem ousam dizer que vão modificar o programa. Sabem que não há medida imediata contra o populismo e não tem a coragem de combater o erro, pois sabem que podem perder grande fatia do eleitorado.

Outra questão interessante da batalha eleitoral é o assunto das privatizações. O PT montou essa armadilha aos tucanos porque sabe que o povo brasileiro está atracado ao pensamento burro e fossilizado do nacionalismo e da defesa estatal. Além de garantir mais poder ao seu possível-futuro-governo (quanto mais abrangente a influência do Estado na sociedade, maior o poder dos governantes), Lula usa um discurso populista para jogar o PSDB contra o povo, dizendo que "os tucanos vão tirar o que é nosso e dar às elites gringas". E os peessedebistas mais uma vez se acovardam diante de uma ameaça concreta de perda de votos. O resultado disso é um Geraldo Alckmin com cara de bobo usando um colete com os símbolos da Petrobrás, dos Correios, etc.

O populismo só funciona com sociedades atrasadas e mal-informadas. E o Brasil, assim como 99% das nações latino-americanas, apresenta esse mal. São os
"perfeitos idiotas latino-americanos". É preciso caminhar muito para se livrar desse problema. Mas eu ainda tenho esperanças de ver um brasileiro menos manipulável. É claro que vai levar tempo. Já perdemos muitos anos com esse último governo e, de acordo com as pesquisas - que elas estejam erradas!, perderemos muitos mais com o próximo...

Mas, a luta continua, companheiros (se é que algum de vocês concorda comigo)...!

quinta-feira, outubro 19, 2006

Porto Seguro 06

Luau Tôa-Tôa

Ao contrário do que havia na minha cabeça, Porto Seguro foi uma viagem memorável. Eternamente memorável. Eu já sabia que o lugar não era o mais legal do mundo. Já tinha sido avisado de que a viagem só seria legal por causa das amizades e laços que seriam criados ou reforçados lá. Porém, sinceramente, não esperava um poder tão forte.

Havia tempos que eu não convivia em um ambiente tão agradável. Tão agradável que nem os axés, as brigas, as tristezas foram capazes de estragar. Ócio, amizade, praia, piscina, violão. Não há nada que possa estragar essa mistura. Acho que falo por todos quando digo que a viagem nos deixou revigorados. Nos tirou de uma realidade fria de que tudo está acabando (ou começando) e de que muitas pessoas vão se separar e nos enviou a um lugar em que a sensação de unidade era plena...

Agora, estamos de volta. Faltam apenas um ou dois meses de aula, de contato diário com aqueles que estiveram presentes em todo um processo de amadurecimento. Que tenhamos consciência disso. Mas que não nos esqueçamos do que aprendemos em Porto Seguro: não se pode subestimar a força do amor e da amizade.


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