sábado, fevereiro 03, 2007

A serenidade dos conformados

Há algo de errado com o mundo.

Aliás, há muito de errado com o mundo. Fisicamente falando, estamos à beira de um colapso que envolve questões complicadíssimas como, por exemplo, super aquecimento global, falta de recursos naturais para abrigar a população, efeito estufa e todos esses outros que ouvimos e lemos em todos os canais de comunicação. Como se não bastasse, atravessamos um período de falência social enorme. Crianças morrem de fome em pleno século XXI. Pobreza, desemprego, má distribuição de renda, carência de saneamento básico, falta de condições mínimas para a vida. A causa de tudo isso é clara e conhecida há décadas: o comportamento humano.

Chega a ser irônico, já que somos considerados "homens" por sabermos usar nossa racionalidade. Portanto, dizer que um ser que comete atrocidades sociais e crimes contra o planeta que o abriga é "humano" seria desconsiderar a etimologia da palavra "humano". Porém, como quem dá significado aos verbetes é o cotidiano - veja o caso de "medíocre", que de tanto ser usado erroneamente, passou de "mediano" pra "ruim" - destruir a harmonia do mundo não é mais desumano. E é isso que me assusta. É esse o "algo" de errado com o mundo. Cadê nossa indignação?! Cadê a vontade de mudar?! Não vejo em lugar nenhum... A grande maioria das pessoas prefere fechar os olhos e fingir que as engrenagens rolam normalmente.

É a serenidade dos conformados*.


A ganância tem sido o grande combustível do Planeta Azul. Mudemos isso! Permito-me recorrer à Revolução Francesa, que bradava os verdadeiros motivos para o Mundo girar: liberdade, igualdade e fraternidade! Vou além... Amor, respeito, carinho. A beleza das pequenas coisas, como o sorriso de um amigo e/ou de um desconhecido!

Qualquer sabedoria é bem-vinda neste blog. Hoje, recorro à popular: o pior cego é aquele que não quer ver...

INCONFORMADOS DO PLANETA, UNI-VOS!


*Termo extraído de um brilhante texto da Rô, sem título conhecido! Obrigado pela inspiração!

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Humandróide

Infelizmente, não entramos no mundo com manual de instruções. Seria muito mais fácil. Saberíamos como agir, o que fazer, o que pensar. E, se tudo falhasse, saberíamos como desligar. É como me sinto agora. Com vontade de apagar, por tempo indeterminado. Não saber o que pensar cria monstros invencíveis e destruidores, que acabam com a sua paz e tranqüilidade. Monstros que te roem por dentro e por fora e te forçam a se mascarar.

Riscos de quem acha que a vida só vale se for intensa.
Conselhos pra amanhã: não ame demais, não super valorize nada, não se iluda, mate as esperanças.

Não, você não vai ser feliz desse jeito. Mas também não vai mergulhar num poço de desilusão e tristeza, do qual é muito mais difícil sair do que entrar.

É, a existência é perigosa. Acontece que, infelizmente, não entramos no mundo com manual de instruções...

O moleque de ontem

Vida nova, blog antigo. Reflexo de uma realidade já não mais tão clara.

2007 já vomitou na minha cara as suas primeiras lições. Lições tão aterrorizantes que me fizeram perder o rumo. Tudo o que eu aprendi nos últimos três anos da minha vida, posso guardar no fundo da minha gaveta mental. Pouca coisa interessa agora. Nada é como era antes.

"O futuro não é mais como era antigamente", diria Renato Russo.

2007 fez questão de me ensinar, na marra, que certeza é utopia e nada é trilhado em espaços diminutos. Quem não enxergar a floresta, fica pelo caminho. O mundo cor-de-rosa de um mês atrás morreu no sexto ano do século XXI. Chega de acomodação, de sossego. Vida de gente grande, daqui pra frente. Sonhos são realizações condecoradas.

A faculdade chegou...