Além das óbvias dores, carrego um peso extra.
Havia te prometido um texto aqui "no computador", como você costumava dizer. Passei os últimos dias me remoendo atrás de respostas, mas a verdade é que não consegui encontrar nenhum motivo forte o bastante para não ter cumprido minha palavra.
Sinto como se tivesse te decepcionado. Espero, de coração, que não seja verdade. E tenho certeza de que você está lendo, acompanhando.
É difícil demais colocar num texto o que você é. Sabe, sempre te vi como um highlander, uma semideusa. Nesses 20 anos de convivência, acompanhei sua travessia por inúmeras dificuldades gigantescas. A perda do amado marido, um derrame fortíssimo, uma cirurgia de grande porte, embolia, pneumonia...
Você resistiu bravamente.
Consigo entender isso. Você tinha um motivo óbvio para ficar aqui, neste plano: a nossa família maravilhosa, que você ajudou a construir. Com o seu jeitinho de durona, foi formando as estruturas do nosso clã. Você queria tudo do seu jeito. E, cativante que é, conseguiu. E mereceu, como poucos. Você nos deu muitas alegrias e memórias que não vão se perder. Isso eu te garanto. Não vou deixar.
Vou sentir saudades da sua risada, das suas tiradas venenosas, dos seus comentários impróprios. E de te telefonar. E de atender seus telefonemas. E das suas análises durante os jogos do Palmeiras (fiquei sabendo da sua curiosidade sobre o placar da última partida que você acompanhou daqui). E dos almoços nos domingos. E das festas de fim de ano... Enfim, de toda você.
Continue sempre assim, onde quer que esteja.
Te amo.
Fique com Deus.
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
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