terça-feira, novembro 13, 2007
Parabéns para mim
Caramba, o tempo passa. Assustadoramente rápido. Nunca mais vou ter 18 anos. Parece uma idiotice, mas é fato. "Nunca mais" sempre me mete medo.
O zerar do relógio caiu como um piano na minha cabeça. Uma ligação burocrática, um aperto de mão, três abraços, alguns presentes e algumas mensagens no MSN e celular. Tudo meio vazio, plastificado.
Vazio, aliás, como nunca antes. É o meu primeiro aniversário no novo mundo da maturidade. O meu aniversário não é mais o evento do dia. É o que eu sinto. Preferia esquecer, dormir até o dia 14.
O que estamos celebrando mesmo?
Aniversários sempre me pareceram uma grande idiotice. Qual o mérito de sobreviver por 12 meses?
Enfim, hoje eu completo 228 meses de sobrevivência. Queria escrever sobre isso, mas a realidade é que eu não faço a menor idéia do que seja isso.
Acho que tenho mais 12 meses para descobrir...
sábado, novembro 10, 2007
Hupokrisis
Fui obrigado a faltar nas aulas da faculdade porque o compromisso que eu havia marcado para a manhã atrasou. Deveria ser realizado às 9 horas da manhã, mas só pude chegar ao local por volta das 11. O motivo: a van que me levaria ficou presa no trânsito. Quase duas horas de "anda um pouco, pára". As motos costurando violentamente, os carros tentando achar espaços inexistentes. Além do trânsito, os automóveis prestam uma enorme contribuição para a destruição do meio-ambiente. A cidade saturou.
E a hipocrisia só ajuda a saturá-la ainda mais.
O tal compromisso era a prova teórica do Detran, que me permite tirar a habilitação e me tornar mais um elemento destruidor da cidade.
sexta-feira, setembro 14, 2007
Vergonha Nacional
Eis o primeiro resultado:
terça-feira, agosto 21, 2007
sexta-feira, agosto 17, 2007
Perfil
Fomos a um restaurante vegetariano. Lá, uma senhora de chapéu nos chamou a atenção. Um rosto europeu, coberto pelo cabelo do Alice Cooper. No corpo, um surrado moleton. E um chapéu de guia de safári. Pensamos se tratar de alguma turista australiana perdida na selva paulistana. Depois de uma série de especulações sobre a moça, resolvemos começar a entrevista. Foi quando ouvimos uma voz meio baixa:
-Boa a comida daqui né?! Boa, bonita e barata...
As conclusões do papo iniciado ali:
Irene Ribeiro é um símbolo da periferia do usual.
“Sou o Amyr Klink da terra”. É dessa forma que Irene Ribeiro responde quando perguntada sobre sua identidade. Aliás, apenas Irene (ou Irene Que Vai Pelas Beiras das Ribeiras), pois essa excêntrica senhora não gosta de “fazer parte de nenhum clã”... Foi por esse motivo que fugiu dos pais, no final da década de 80.
Nativa de São Paulo, Irene morava com a família num bairro de classe-média alta, em Alto de Pinheiros. Por causa de uma oportunidade de emprego, os pais decidiram se mudar para Embú das Artes, no interior paulista, onde morariam em um condomínio fechado. A idéia aterrorizou Irene, que resolveu aceitar o convite de um amigo para morar na casa dele, em Ilhabela. Lá, porém, foi expulsa pela mulher do colega e passou a morar em um carro, um Chevette. Depois de passar seis meses no “Chevettão”, como ela gosta de chamar, resolveu ir para Embú, morar com a família. Não que lhe agrade, mas ela não tem escolha. Irene vive na mesma casa desde 1987. Perdeu o pai para o câncer. O irmão se mudou para uma casa na frente da sua. A irmã e a mãe continuam juntas de Irene. A mãe tinha uma escola de artesanato e a irmã se dedica a defender os direitos dos animais. Irene mostra que tem talento – ou amor – para lidar com animais também: é Veganiana, apesar de não gostar do rótulo.
“Acho que sou. Não como carne de nenhum tipo, não como ovos, lacticínios, mel, couro, pele, seda, lã... Mas não gosto de assumir um rótulo do tipo: ‘Nunca mais vou colocar nada disso no corpo’, pois não sabemos o que será de nós amanhã”. A prática começou logo nos primeiros anos de vida. O corpo de Irene rejeitava qualquer tipo de comida de origem animal. Só conseguia comer papinha crua. Hoje, segue a dieta por questões de ética e saúde. E diz que nem sente falta. “A cozinha vegan é boa, bonita e barata. Nada se repete”. Sua proximidade com os animais fica ainda mais clara quando uma abelha se aproxima: “Olha, a abelhinha sente que não comemos carne e vem ser amiga”.
Irene gostaria de voltar a morar em São Paulo. A vida em Embú não lhe satisfaz. O condomínio em que vive é cercado por muros e fiações elétricas. Quase não há vida animal livre. “É um zoológico de homens, cães e gatos. Todos presos, confinados em seus espaços”. O desejo de voltar é tamanho que a senhora vem para a Capital quatro dias por semana, participar de um grupo que discute as idéia de Gurdjieff, um filósofo espiritual russo. O grupo se encontra em uma padaria nos arredores da Avenida Paulista. Gurdjieff faz uso de um mito de escala cósmica para encontrar o caminho das verdades. Não é a primeira experiência de Irene com o intuito de se encontrar. No final da década de 70, ela se submeteu à terapia Junguiana, bastante relacionada com os sonhos.
“Tenho um ânus só! Já viu gente com mais, meu filho?”, depois de uma gargalhada, ela completa: “Não sei minha idade não... Não estava lá quando nasci! Não sei se fui clonada! Chuta aí!”. Para Irene, idade não importa. Assim como o sobrenome. Não vale a pena guardar tanta informação inútil. É por isso que ela queimou a maioria das fotos de sua experiência no Chevette em Ilhabela. Depois de um tempo, as fotos se acumularam na gaveta e perderam o sentido. Ela decidiu, então, atear fogo nas recordações. “Não é que eu não gosto de registros. É que alguns são inúteis e acabam te comprometendo”. Por essa razão, Irene não permitiu que a fotografassem. “Além disso, tenho trauma com foto. Eu tinha uma babá portuguesa, chamada Lolita. Meus pais haviam adquirido uma câmera de filmar. Toda vez que eles iam me filmar, Lolita me mandava ficar rígida, para tirar foto. Por isso, sempre que falam em tirar uma foto minha, eu travo toda”.
Consegui uma foto de costas.
É possível perceber o esoterismo dessa senhora. Muitas vezes, incompreendido. O pessoal do restaurante se diverte com a presença de Irene. Olham como se fosse uma louca. Talvez seja. Fato é que, indo pelas Beiras das Ribeiras, Irene sempre busca um caminho alternativo e pouco usual para chegar à verdade. Talvez consiga, antes de qualquer um de nós.
quinta-feira, agosto 16, 2007
Doutor Arnaldo
Foto: Homemdodedo, Wikipedia.
Obs.: Não espero nenhum comentário sobre o texto, sinceramente... Sei que não é estimulante. Mas o blog e a curiosidade são meus!
segunda-feira, agosto 13, 2007
O romântico, o cético e o realista
Acontecimentos que deixam marcas profundas e, talvez, eternas. Geralmente ocorrem quando menos se espera, quando nos encontramos despreparados, desatentos. Nossa reação é de incredulidade, de raiva, de descontrole. Essas situações sempre nos ensinam bastante, mas é preciso saber o que tirar de proveitoso delas.
Um amigo recentemente passou por uma dessas provas da vida. Sobreviveu, mas não apenas com ferimentos leves.
Era um daqueles românticos, que acreditam na perfeição do amor e na eternidade de um relacionamento baseado apenas na inércia da paixão. Namorou por muito tempo com aquela que, acreditava ele, era o amor de sua vida. Sua alma gêmea. Depois de uns anos, o namoro virou um moribundo, como o boxeador que tropeça em suas próprias pernas, apenas esperando pelo golpe que o nocauteará. E o golpe veio. A relação terminou e meu compadre vagou, sem rumo, por um bom tempo.
O soco doeu. A dor cresceu. E o romântico tornou-se cético.
Um cético amoroso, que acha que o amor não serve pra nada. Que tem convicção de que amar é coisa passageira. É dúvida, não certeza. Um chato que não tem mais coragem de entregar-se porque não confia mais nas verdades do coração. Na realidade, ele só tem uma certeza: a de que ser descrente é ser racional. E é onde comete seu maior erro. Sentimento não é ciência exata, nem pro bem, nem pro mal. Não é possível cefalizar o inexplicável mundo das emoções. Ceticismo não é realismo.
Realista é o seguinte: tudo exige esforço e dedicação. Não vivemos em um mundo no qual podemos desconsiderar forças como o atrito e a resistência do ar. A força da inércia um dia vai acabar. É sempre preciso continuar aplicando uma força externa. Não há movimento retilíneo uniforme nas humanidades...
sábado, agosto 11, 2007
Depois da tempestade...
segunda-feira, julho 02, 2007
Sobre a necessidade de tocar
Cresci com esses dois instrumentos por perto, já que meu pai os possui desde antes do meu nascimento. Sempre fui apaixonado e adorava ouvir meu pai tocando violão nas manhãs de sábado e domingo. No entanto, nunca me interessei em aprender a manejá-los.
Nunca até o ano de 2000...
Foi quando pedi, pela primeira vez, para o meu pai me ensinar alguma coisinha, alguma nota. Lembro-me que, naquela manhã, eu aprendi o main riff de "Take me to the river", do Talking Heads. Porém, ficou naquilo. Nunca mais demonstrei vontade em seguir tocando. Segui apaixonado por música e segui inerte com minhas próprias habilidades musicais. O ano seguinte foi definitivo. Ainda guardo o momento exato em que decidi mergulhar no maravilhoso mundo dos instrumentos musicais.
Eu estudava à tarde. Por isso, voltava pra casa por volta de 18 horas. Foi mais ou menos nesse horário que eu entrei na minha sala em algum dia de 2001. Encontrei meu amigo Juan tocando "Come as you are", do Nirvana no violão do meu pai, enquanto sua mãe contava para a minha da primeira aula do filho num conservatório musical da Pompéia. Fiquei pasmo, pedi pra ele me ensinar. Ele me ensinou.
E continuou ensinando...
Assim eu obtive minhas primeiras noções de violão. Com o Juan, aprendi o nome dos acordes, as posições e como ler tablatura. Sabendo os princípios e a teoria, ficou fácil. A Internet me deu tudo o que sei até hoje. Não me considero um "tocador de violão". Mas arranho o suficiente para me acalmar. E é essa a principal função do violão - e da música em geral. Te levar exatamente pro lugar em que você precisa estar.
Não me vejo hoje sem meu violão, sem minha guitarra. São meus terapeutas e deles eu tiro amor, ódio, raiva, serenidade, paz, alegria, tristeza... O que eu quiser. Aindo me arrisco a rabiscar algumas coisas e compor algumas melodias, que ainda são somente minhas (quem sabe um dia não divulgo?!).
Enfim, música é a saída...
Abra suas próprias portas.
segunda-feira, junho 18, 2007
Fly away on my zephyr
Escrevo melhor quando chegar em Campinas!
terça-feira, junho 12, 2007
sábado, junho 09, 2007
domingo, junho 03, 2007
450 mL
Há, porém, flashes de esperança - ou ilusão.
Falo sobre soliedariedade. Falo sobre altruísmo.
Na sexta-feira passada, fui ao Hospital Sírio Libanês com alguns colegas de faculdade para doar sangue. O procedimento é bem simples: você se cadastra, faz uma ficha, responde um questionário, faz um teste de anemia, senta numa cadeira pra lá de confortável, é espetado e pronto! Oito minutos e 450ml de sangue depois e você fez um pouco para alguém. Eu sei que há pessoas com medo de agulha, com fobia/nojo de sangue, ou sei lá mais o que, mas pensem na idéia. A enfermeira me informou que há muito menos doadores do que o "necessário" para cobrir as "exigências" do hospital. O Sírio Libanês está aberto para doações de segunda a sábado, das 7 às 18 - exceto feriados.
Doar sangue pode até não curar o mundo, mas eu garanto que deixa o doador com uma pequena sensação de alívio e de desencargo de consciência.
Experimentem.
sexta-feira, junho 01, 2007
Retiro Cultural
Aproveitei pra conhecer a nova Livraria Cultura, locada no Conjunto Nacional, na Paulista.
Em uma palavra: "Uau":
O lugar está maravilhoso. Amplo e com conteúdo. Pra quem gosta de livros e música, como eu, ali é um paraíso. Ou um inferno, pois os preços são meio salgados e acabamos passando vontade. Mas vale a pena. Fiquei uma hora ouvindo CD's e dando uma lidinha em alguns livros. Posteriormente, acompanhei o lançamento do livro do Reali Jr. O lugar ficou cheio de figurões e gente famosa. Eu e meu moleton cinza nos sentimos deslocados.
Champagne era a bebida servida, pra se ter uma idéia.
Ainda estiquei minha passagem com uma ida ao teatro (sim, dentro da livraria), onde assisti uma peça muito bonitinha, sobre amor. A peça chama-se "Serenata em dó de amor", e faz parte do projeto "Contos Inversos", que pretende resgatar o jeito de fazer poesia dos séculos XIX e XX com uma linguagem atual. "Serenata em dó de amor" narra a história de Antônio (Rômulo Estrela) e Tereza (Miriam Rezende - idealizadora, diretora artística e produtora do projeto), um casal que entra em crise depois de um tempo de paixão intensa. Ambos só se falam através de poesias. A trilha sonora é composta por trehos da obra de Villa-Lobos e é executada pelo Quarteto de Cordas Uirapuru. Bem interessante!
Enfim, São Paulo tem dessas... O que você quiser, encontra!
Até mesmo um retiro cultural.
quinta-feira, maio 31, 2007
Templo Zu Lai
Acho que todos os leitores vão concordar com essa afirmação. Correria pro trabalho, faculdade, colégio ou com qualquer outra preocupação pessoal. O mundo de hoje parece andar no FF do controle remoto. Não há tempo para descansar. Na realidade, não há sequer tempo para desejar descansar. Até as férias acabam virando motivo de estresse: onde ir?, onde ficar?, quando voltar?, como voltar?, como ir?...
A vida é estressante!
Mas há luz no fim do túnel. Sendo mais específico, há luz em um ponto perto de Cotia, cidade próxima de São Paulo. Ali, no meio de lugar nenhum, encontra-se um dos maiores templos budistas da América Latina. O Templo Zu Lai fornece aos freqüentadores uma aura pacífica e tranqüilizante, impossível de ser descrita com palavras ou imagens. É necessário a presença. O que eu posso dizer é que é raro encontrar outro lugar em São Paulo em que se possa ficar a menos de 20 centímetros de um macaco (sim, lá eu fiquei a menos de 20 centímetros de um macaco). É raro encontrar outro lugar em São Paulo em que se possa respirar um ar saudável e gostoso. E é muito raro encontrar um lugar tão sossegado como o Templo. Tudo se harmoniza com perfeição e eu, por meio desse blog, faço questão de que todos os que acompanham o que eu escrevo marquem presença lá, ao menos uma vez. Eu garanto que vale a pena. Aos interessados: um ônibus sai todo domingo da Estação Liberdade, às 8:30 da manhã e retorna às 16:00. Totalmente gratuito.
Até porque não há dinheiro que pague a expriência.
quarta-feira, maio 30, 2007
In the Wall
terça-feira, maio 29, 2007
Rockers
segunda-feira, maio 28, 2007
Utopus
Melhor ainda, não há limites físicos/geográficos COM a Internet.
Hoje estou escrevendo do Mackenzie. Mas poderia estar em Butão, Bangladesh, Amsterdã, Santiago, Budapeste, Washington, Viena, Bruxelas, Congo, Roma...
Ok, talvez eu me fascine com pouca coisa. "Pouca coisa" porque minha geração já se encontra inserida nesse universo sem limites...
Ainda assim, fico deslumbrado...
No mundo novo, não existe "lugar".
quarta-feira, maio 23, 2007
Não urine no chão
Isso é fato.
Só não sei se é uma tragédia. Acho, sinceramente, que não merecemos o lugar em que vivemos. Sim, estou generalizando. Mas também não acho que cabe a mim apontar quem está correto ou não...
Agora, precisar mandar fazer uma placa como a da foto é um atestado de óbito da civilização. Ok, eu até entendo os dois últimos itens: "Após o uso dê a descarga" e "Jogue o papel higiênico no cesto". Esses passam, sendo muito complacente. De fato, não é difícil imaginar gente que não cumpra essas regrinhas sanitárias. Mas não me venham com "Não urine no chão". Isso não desce, isso me revolta.
Estamos fadados à desgraça mesmo...
segunda-feira, maio 21, 2007
Fantasias
sexta-feira, maio 18, 2007
World Press Photo 2007
Em destaque, a foto vencedora deste ano, do americano Spencer Platt. A imagem retrata um grupo de jovens libaneses, aparentemente abonados, voltando para casa, à frente de um cenário destruído por bombardeios israelenses. Além de desmistificar a figura do atraso generalizado que comumente se tem do Líbano, a foto explicíta o espanto com a situação, já que data de 15 de agosto de 2006 (dia de cessar-fogo entre Israel e Hezzbollah).
Outro destaque é a participação brasileira na mostra. Um ensaio clicado por João Kehl, 25 anos, sobre uma academia de boxe montada debaixo de um viaduto por um morador de rua recebeu o prêmio na categoria "Esportes em Geral". São doze fotos muito bem produzidas e bonitas, que traduzem bem o espírito de luta e superação do "admnistrador" e dos freqüentadores da academia.
Há algumas imagens bem chocantes, mas nada de sensacionalismo ou mau-gosto. Na realidade, o que mais impressiona é a veracidade da situação retrada. Não é raro o questionamento "Que mundo é esse??" pipocar na sua cabeça durante a visita. O espectador olha a foto e é tomado por reações à imagem. Porém, somente quando é contextualizado pela história da foto, no rodapé do quadro, que o choque o toma de verdade. E acho que essa é a beleza do hipermidiatismo, da convergência de mídias. O texto complementa a imagem, e vice-versa.
Eu, como leigo, recomendo.
World Press Photo 2007 - Em cartaz até 10 de junho, no SESC Pompéia - aberto de terça a sábado, das 9:30 às 20:30; de domingo, até 19:30. Entrada gratuita.
Fotos: Divulgação
quinta-feira, maio 17, 2007
Blogs...
O primeiro é meu. Trata-se da minha modesta e crua opinião sobre a sétima arte. Quem gosta de cinema e gosta do que este que vos lhe escreve pensa, acesse: http://secao7.blogspot.com
O segundo é o Jardim Suspenso, blog do qual sou colaborador. Feito por palmeirenses para palmeirenses. Qualquer outro torcedor também é bem-vindo! O endereço: http://jardim-suspenso.blogspot.com
Enjoy!
Time alone...
É tudo questão de timing, já dizia minha irmã.
Pena que eu pareço estar sempre atrasado. Quando os outros se abrem, eu me fecho. Quando eu me abro, os outros estão fechados.
Não acho que seja privilégio meu...
...Time will tell.
terça-feira, maio 08, 2007
Yin&Yang
Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
domingo, maio 06, 2007
Misantropo
Todo mundo tem sempre algo pra fazer, algum lugar pra ir, alguém com quem sair.
Não, não é que eu não tenha.
É só questão de me fechar.
O problema é meu.
Hoje, meus amigos são Simon & Garfunkel.
Hoje, meu passeio é na internet.
Hoje, minha conversa é com o blog.
Estou de mudança para o SecondLife...
Hoje eu quero sair só...
Com os devidos créditos pro Lulu Santos, pra Pri e pro Lenine.
quinta-feira, maio 03, 2007
Deibaidei
domingo, abril 29, 2007
McSolidão
Eu, pelo menos, sou.
E a primeira frase do texto explicita isso. Já anseio em falar por todos...
Mas nunca é tarde pra retratar os erros. Hoje falarei por mim, me isolarei. Assim como fiz nesse fim de semana...
Sou prepotente. Há tempos quero morar sozinho, fincando a bandeira da independência no meu lar/retiro. Determinar quando dormir, quando acordar, o que fazer e quando fazer. Essas eram as reivindicações da minha revolução. Sábado e domingo me brindaram com a realidade.
Meus pais e irmã viajaram, deixando-me o apartamento e o fim de semana. Nas primeiras horas, alegria. Som alto e eu dançando de cueca, como o Tom Cruise.
"Eba, almoço no Mc!"
"Janta no Mc!"
"Outro almoço no Mc!"
Não ter controle nem público é, inegavelmente, agradável... Estar sozinho, também. Porém, o tempo jogado fora no cesto do ócio incomoda.
De repente, não ter ninguém falando que a louça precisa ser lavada incomoda.
De repente, não ter ninguém falando que a música 'tá alta incomoda.
De repente, não ter ninguém pra dividir a atenção incomoda.
Aliás, não ter ninguém pra prestar atenção incomoda.
E, principalmente, McDonald's incomoda...
Pai, mãe, irmã... Ainda vão ter que me agüentar por um tempo!
Eu e a minha prepotência...!
sábado, fevereiro 03, 2007
A serenidade dos conformados
Aliás, há muito de errado com o mundo. Fisicamente falando, estamos à beira de um colapso que envolve questões complicadíssimas como, por exemplo, super aquecimento global, falta de recursos naturais para abrigar a população, efeito estufa e todos esses outros que ouvimos e lemos em todos os canais de comunicação. Como se não bastasse, atravessamos um período de falência social enorme. Crianças morrem de fome em pleno século XXI. Pobreza, desemprego, má distribuição de renda, carência de saneamento básico, falta de condições mínimas para a vida. A causa de tudo isso é clara e conhecida há décadas: o comportamento humano.
Chega a ser irônico, já que somos considerados "homens" por sabermos usar nossa racionalidade. Portanto, dizer que um ser que comete atrocidades sociais e crimes contra o planeta que o abriga é "humano" seria desconsiderar a etimologia da palavra "humano". Porém, como quem dá significado aos verbetes é o cotidiano - veja o caso de "medíocre", que de tanto ser usado erroneamente, passou de "mediano" pra "ruim" - destruir a harmonia do mundo não é mais desumano. E é isso que me assusta. É esse o "algo" de errado com o mundo. Cadê nossa indignação?! Cadê a vontade de mudar?! Não vejo em lugar nenhum... A grande maioria das pessoas prefere fechar os olhos e fingir que as engrenagens rolam normalmente.
É a serenidade dos conformados*.
A ganância tem sido o grande combustível do Planeta Azul. Mudemos isso! Permito-me recorrer à Revolução Francesa, que bradava os verdadeiros motivos para o Mundo girar: liberdade, igualdade e fraternidade! Vou além... Amor, respeito, carinho. A beleza das pequenas coisas, como o sorriso de um amigo e/ou de um desconhecido!
Qualquer sabedoria é bem-vinda neste blog. Hoje, recorro à popular: o pior cego é aquele que não quer ver...
INCONFORMADOS DO PLANETA, UNI-VOS!
*Termo extraído de um brilhante texto da Rô, sem título conhecido! Obrigado pela inspiração!
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
Humandróide
Riscos de quem acha que a vida só vale se for intensa.
Conselhos pra amanhã: não ame demais, não super valorize nada, não se iluda, mate as esperanças.
Não, você não vai ser feliz desse jeito. Mas também não vai mergulhar num poço de desilusão e tristeza, do qual é muito mais difícil sair do que entrar.
É, a existência é perigosa. Acontece que, infelizmente, não entramos no mundo com manual de instruções...
O moleque de ontem
2007 já vomitou na minha cara as suas primeiras lições. Lições tão aterrorizantes que me fizeram perder o rumo. Tudo o que eu aprendi nos últimos três anos da minha vida, posso guardar no fundo da minha gaveta mental. Pouca coisa interessa agora. Nada é como era antes.
"O futuro não é mais como era antigamente", diria Renato Russo.
2007 fez questão de me ensinar, na marra, que certeza é utopia e nada é trilhado em espaços diminutos. Quem não enxergar a floresta, fica pelo caminho. O mundo cor-de-rosa de um mês atrás morreu no sexto ano do século XXI. Chega de acomodação, de sossego. Vida de gente grande, daqui pra frente. Sonhos são realizações condecoradas.
A faculdade chegou...