segunda-feira, julho 02, 2007

Sobre a necessidade de tocar

É impossível precisar a data do meu primeiro contato com um violão/guitarra.
Cresci com esses dois instrumentos por perto, já que meu pai os possui desde antes do meu nascimento. Sempre fui apaixonado e adorava ouvir meu pai tocando violão nas manhãs de sábado e domingo. No entanto, nunca me interessei em aprender a manejá-los.
Nunca até o ano de 2000...
Foi quando pedi, pela primeira vez, para o meu pai me ensinar alguma coisinha, alguma nota. Lembro-me que, naquela manhã, eu aprendi o main riff de "Take me to the river", do Talking Heads. Porém, ficou naquilo. Nunca mais demonstrei vontade em seguir tocando. Segui apaixonado por música e segui inerte com minhas próprias habilidades musicais. O ano seguinte foi definitivo. Ainda guardo o momento exato em que decidi mergulhar no maravilhoso mundo dos instrumentos musicais.
Eu estudava à tarde. Por isso, voltava pra casa por volta de 18 horas. Foi mais ou menos nesse horário que eu entrei na minha sala em algum dia de 2001. Encontrei meu amigo Juan tocando "Come as you are", do Nirvana no violão do meu pai, enquanto sua mãe contava para a minha da primeira aula do filho num conservatório musical da Pompéia. Fiquei pasmo, pedi pra ele me ensinar. Ele me ensinou.

E continuou ensinando...

Assim eu obtive minhas primeiras noções de violão. Com o Juan, aprendi o nome dos acordes, as posições e como ler tablatura. Sabendo os princípios e a teoria, ficou fácil. A Internet me deu tudo o que sei até hoje. Não me considero um "tocador de violão". Mas arranho o suficiente para me acalmar. E é essa a principal função do violão - e da música em geral. Te levar exatamente pro lugar em que você precisa estar.
Não me vejo hoje sem meu violão, sem minha guitarra. São meus terapeutas e deles eu tiro amor, ódio, raiva, serenidade, paz, alegria, tristeza... O que eu quiser. Aindo me arrisco a rabiscar algumas coisas e compor algumas melodias, que ainda são somente minhas (quem sabe um dia não divulgo?!).

Enfim, música é a saída...
Abra suas próprias portas.