terça-feira, dezembro 05, 2006

Em um país que tudo se pode, qualquer coisa pode acontecer...

Somos um povinho miserável.

Desculpe-me ufanista de plantão, mas não há motivos para otimismo. Digo isso por causa desse trailer...





"Turistas" é a primeira produção da FoxAtomic, sub-divisão da americana Fox. Trata-se de um filme de terror de baixo orçamento sobre um grupo de americanos que, em visita ao Brasil, é seqüestrado por um maníaco que os tortura. Trata-se de um filme destruído pela crítica especializada norte-americana. Trata-se de um fracasso nas bilheterias (US$ 3,5 mi nos três primeiros dias de exibição). Trata-se também do novo estopim patriótico dos brasileiros.
Havia tempos não existia tamanha revolta nos corações tupiniquins. Já existem várias comunidades no Orkut contra o filme e diversos grupos de boicote.

O que parece não estar claro é que o filme em questão é uma ficção, não um documentário! A história poderia se passar em qualquer país, mas, ocasionalmente, se passa aqui. Como somos medíocres, temos essa reação. Enchemos os corações de patriotismo quando a paulada vem de fora, mas parecemos não ligar quando nos atingem por dentro. Amar a nação não é boicotar um filme de terror que, por tabela, loca um psicopata nas nossas praias. Amar a nação é querer o bem da mesma e lutar por isso. É se indignar com mensalões, sanguessugas, dossiês, Lulas e Lulinhas.

Indignação e patriotismo o brasileiro mostra que tem. Só resta saber quando é pra ter.

Vou ver o filme. E, sem medo de soar arrogante, afirmo que amo meu país mais do que, pelo menos, 60,83% dos brasileiros...

segunda-feira, novembro 27, 2006

O Casamento das Luas

Freqüentemente, a velhice, mesmo sábia, não tem nenhuma noção do ridículo nos momentos de alegria, podendo mesmo chegar a dançar rodas e sarabandas, numa curiosa volta à infância.

É com o maior respeito e admiração que uso essa passagem do conto "O casamento da lua", de Vinícius de Moraes para ilustrar o ocorrido nos comentários do texto passado. Não que considere ridícula a discussão aqui locada. Muito pelo contrário! Apenas lembrei dessa passagem ao ver o debate entre os "velhinhos", como foi dito pelos próprios. Me senti orgulhoso de ter causado essa "volta à infância" de três monstros da cultura e do conhecimento.

Acho que, enquanto a democracia reinar, podemos ter esperança de um mundo melhor. O que me deixou agraciado foi ver o exemplo de democracia que eu tive aqui, no meu blog. Três visões diferentes puderam conflitar livremente, sem nenhuma censura ou bloqueio. A Internet nos permite isso. Independentemente de concordar ou não com o que foi dito, o que importa é que aquilo que foi dito, pode ser dito. Como disse Rousseau (citado por Soares).

Em um pequeno blog como este, tivemos uma enorme aula sobre democracia, ciências sociais, política.
Ainda resta esperança. Precisamos aprender com o passado, ouvir os mestres da nossa vida, juntar um pouco da Lua de cada um. E, quando chegarmos lá, quando atingirmos o nirvana político, voltaremos à infância e dançaremos rodas e sarabandas.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Blowin' In The Wind

Aos que viram a palestra do Senador Suplicy:

Quantos escândalos teremos de presenciar,
antes de abrirmos os olhos?
Quantos milhões terão de ser desviados,
para percebermos o que está acontecendo?
Quantos assessores devem ser presos,
antes que tomemos alguma atitude?
A resposta, meu amigo, está sendo dada pelo vento.
A resposta está sendo dada pelo vento.

Sim e quantos mensaleiros deverão ser punidos,
antes de uma revolta definitiva?
Quantas pessoas serão enganadas,
antes de verem a verdade?
Quanto tempo teremos de agüentar essa laia,
antes que haja uma mudança?
A resposta, meu amigo, está sendo dada pelo vento.
A resposta está sendo dada pelo vento.


Sim e quanta ignorância ainda teremos de engolir,
antes que a máscara dos poderosos caia?
Quanta hipocrisia e populismo teremos de enfrentar,
antes que a população acorde?
Quanto tempo o Brasil irá desperdiçar,
antes que o PT deixe o poder?
A resposta, meu amigo, está sendo dada pelo vento.
A resposta está sendo dada pelo vento.

domingo, outubro 29, 2006

Desabafo

Vergonha. É tudo que posso sentir agora.

Falando em sentir, previno o leitor sobre a carga desse texto. Ele está lotado de emoções. Portanto, se aquele que vos escreve parecer irracional, releve...

Vergonha. Vergonha de viver nessa republiqueta. Não posso assumir essa vantagem esmagadora que Lula obteve. Não consigo engolir o quão manipulável somos, o quão idiota somos. É como a piada que rola na Internet: Lula não é um presidente reeleito. É um presidente repetente. Com o nosso aval... Não é possível que o brasileiro mereça isso. Pois quer saber?! Merece sim, já que aquele que ganha o direito ao voto, merece o governante que tem.
Mas não... Eu me recuso! Os números que se danem: eu não elegi esse presidente! Recorro ao Diogo Mainardi e digo que Lula não é o meu presidente. Pode ser o seu, mas eu me recuso a concordar com isso.

Mas ainda me resta esperança. Eu sei, acho que sou o último romântico... Mas eu sei que ele não vai concluir esse mandato. Lula vai afundar na própria lama. Não vão sobrar mais assessores, companheiros, camaradas, seguranças, churrasqueiros. Ele vai estar sozinho, sem ninguém para acobertá-lo... Alguém vai chegar até ele e o discurso da ignorância vai cair. O papo do "nada sei" vai acabar. Em algum momento desses próximos 4 anos ele vai cair do palco da virtude moral em que se coloca. E o tombo vai ser feio. Pois quanto maior a altura, maior a queda... E o lulismo já foi longe demais.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Os Alckminstas estão chegando

Aos desafetos de Lula,

É doloroso acreditar nas armadilhas que a democracia nos prega. É por causa dela que somos governados por quem somos governados. É por causa dela que seremos governados por quem seremos governados. Mas não devemos nos dar por vencido agora. Afinal, é nossa culpa isso que está acontecendo agora. Fomos uma oposição burra e fraca. Falhamos, pois confiamos na democracia.

Sim, a culpa é nossa...

Tínhamos todas as armas legais para derrubar Luís Inácio Lula da Silva. Já derrubamos um presidente antes, mas nunca tivemos tantos motivos para fazê-lo. No entanto, não o fizemos. Preferimos acreditar na democracia. Na vitória nas urnas. Esquecemos de que se tratava do santo Lula. Por isso, é nossa obrigação derrubá-lo.
É nossa obrigação esquecer do que as pesquisas estão apontando agora e votar. É nossa obrigação fazer de tudo para conseguir alguns votos para Geraldo Alckmin. E se isso falhar, será nossa obrigação derrubá-lo antes de o segundo mandato ser concluído. É nossa obrigação destruir a eleição da impunidade, da falta de ética.

Falhamos. Mas ainda temos tempo de corrigir o erro. Faltam menos de dois dias para as eleições, para o momento final. E, se falharmos novamente, teremos mais 4 anos para não falhar mais.

terça-feira, outubro 24, 2006

A luta continua, companheiros

Tenho um problema pessoal com Lula. Tenho um problema que vem antes dos escândalos, das mentiras confirmadas, do cinismo presidencial, da arrogância que o poder lhe deu. Isso porque, durante toda a minha breve vida, eu fui ensinado que explorar é uma coisa ruim. E Lula é um explorador. Lula e toda a canalha do PT. E da pior espécie. Pior dos que os "porcos burgueses" que eles tanto atacaram. Explorar a ignorância alheia é extrair a liberdade de um povo.

Dizer que o PT é um partido de discurso populista é chover no molhado. Até porque, historicamente, as vertentes de cunho esquerdista sempre adotaram essa arma. Alguns realmente porque acreditam na palavra que pregam e outros porque sabem que o populismo é uma das mais poderosas massas de manobra que existem. Todos dizem isso, é senso comum. O que eu não vejo com freqüência é um ataque direto a essa prática. E isso me revolta! Pregar um discurso populista é mentir. É forçar um apoio popular. É explorar um povo mal-tratado por diferenças abusivas (sejam elas sociais, econômicas, culturais, educacionais). E essa época eleitoral só explicita ainda mais isso.

O carro chefe da campanha petista é o "Bolsa Família", projeto de assistência social intensificado radicalmente no governo Lula. Quer algo mais populista e mentiroso do que assistencialismo?? Dar o peixe sem ensinar a pescar é errado! E isso não é novo. É bíblico! No entanto, isso não interessa ao projeto de poder de Dirceu e cia. O "Bolsa Família" vai continuar do jeito que está não porque é o correto para o país, mas porque é um grande "cale-se" para o povo. Panis et circenses básico (e o povo brasileiro anda tão carente que nem precisa mais do circo para contentá-lo). Do outro lado, os tucanos nem ousam dizer que vão modificar o programa. Sabem que não há medida imediata contra o populismo e não tem a coragem de combater o erro, pois sabem que podem perder grande fatia do eleitorado.

Outra questão interessante da batalha eleitoral é o assunto das privatizações. O PT montou essa armadilha aos tucanos porque sabe que o povo brasileiro está atracado ao pensamento burro e fossilizado do nacionalismo e da defesa estatal. Além de garantir mais poder ao seu possível-futuro-governo (quanto mais abrangente a influência do Estado na sociedade, maior o poder dos governantes), Lula usa um discurso populista para jogar o PSDB contra o povo, dizendo que "os tucanos vão tirar o que é nosso e dar às elites gringas". E os peessedebistas mais uma vez se acovardam diante de uma ameaça concreta de perda de votos. O resultado disso é um Geraldo Alckmin com cara de bobo usando um colete com os símbolos da Petrobrás, dos Correios, etc.

O populismo só funciona com sociedades atrasadas e mal-informadas. E o Brasil, assim como 99% das nações latino-americanas, apresenta esse mal. São os
"perfeitos idiotas latino-americanos". É preciso caminhar muito para se livrar desse problema. Mas eu ainda tenho esperanças de ver um brasileiro menos manipulável. É claro que vai levar tempo. Já perdemos muitos anos com esse último governo e, de acordo com as pesquisas - que elas estejam erradas!, perderemos muitos mais com o próximo...

Mas, a luta continua, companheiros (se é que algum de vocês concorda comigo)...!

quinta-feira, outubro 19, 2006

Porto Seguro 06

Luau Tôa-Tôa

Ao contrário do que havia na minha cabeça, Porto Seguro foi uma viagem memorável. Eternamente memorável. Eu já sabia que o lugar não era o mais legal do mundo. Já tinha sido avisado de que a viagem só seria legal por causa das amizades e laços que seriam criados ou reforçados lá. Porém, sinceramente, não esperava um poder tão forte.

Havia tempos que eu não convivia em um ambiente tão agradável. Tão agradável que nem os axés, as brigas, as tristezas foram capazes de estragar. Ócio, amizade, praia, piscina, violão. Não há nada que possa estragar essa mistura. Acho que falo por todos quando digo que a viagem nos deixou revigorados. Nos tirou de uma realidade fria de que tudo está acabando (ou começando) e de que muitas pessoas vão se separar e nos enviou a um lugar em que a sensação de unidade era plena...

Agora, estamos de volta. Faltam apenas um ou dois meses de aula, de contato diário com aqueles que estiveram presentes em todo um processo de amadurecimento. Que tenhamos consciência disso. Mas que não nos esqueçamos do que aprendemos em Porto Seguro: não se pode subestimar a força do amor e da amizade.


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segunda-feira, setembro 25, 2006

Mudanças

Repaginei o blog.

Não sei bem certo o por quê disso... Mas o fiz!
Fato é que mudanças sempre ocorrem em nossas vidas. Umas vem pro bem, outras nem tanto. Umas vem voluntariosamente, outras não. O importante é saber administrar essas guinadas que sofremos enquanto estamos aqui, nesse plano espiritual. Considero a consciência a maior divindade que possuímos. Por pensar assim, acredito que, quando estamos conscientes de alguma coisa, ela não nos atinge em cheio. Quando estamos conscientes que nada sabemos sobre o amanhã, podemos seguir alegremente pelos trilhos da nossa ferrovia vital. Sabendo que a vida dará limões, se prepare para fazer uma limonada! Algo por aí...

Meu dia não foi dos melhores, apesar de ter conseguido a dispensa no Exército. Talvez por isso meus pensamentos não estejam conectados corretamente e eu não consiga desenvolver uma linha de raciocínio decente. Sendo assim, vou colocar a letra de uma música do Lulu Santos, que conta como um compositor escreve sua música... Acho que se encaixa com o que eu tentei dizer nesse texto. Chama-se "Letra & Música":

"Deixar ser
Deixa tudo acontecer
Não vai derrubar
O que é bem de seu lugar
Deixa estar
O que for pra desandar
Que não é pra ser
Que não veio pra ficar

Vez em quando eu sinto
Uma grande dor
Que se não me mata
Me faz melhor cantor
Ou então eu capto
Uma vibração
A guitarra soa
E surge uma canção".

Mudanças... Idas e vindas...
Repaginei o blog.

quarta-feira, setembro 06, 2006

A virtude está no meio.

Não sei se o leitor concorda, mas penso que o Brasil é um país muito partidário. Cheguei à essa conclusão depois de observar as propagandas políticas. Parece que é um cânon eleitoral transformar a campanha em competição.

Para ilustrar o que estou dizendo, reparem nos jingles de PSDB e PT: começou com os tucanos, que lançaram aquela "Não ao mensalão, ao dólar na cueca...", que foi respondida pelos petistas com "Ai, ai, ai, ai, 'tá faltando segurança...". É claro o sinal de competição se prestarmos atenção na semelhança gráfica e rítimca dos jingles.

Sou absolutamente contrátio à adoção partidária por uma simples razão: ela é unilateral e eu combato qualquer tipo de unilateralidade. Isso não devia existir.

E eu explico...

Na minha visão, é, no mínimo, prepotente aquele que se diz de esquerda ou direita - por exemplo. Não se pode saber da resposta antes de ouvir à pergunta. Pra certos aspectos, a esquerda está certa. Pra outros, a resposta está na direita. Quando pré-determinamos um caminho, acabamos caindo na idéia de verdade absoluta: que não existe! O ideal é ser neutro suficiente para se aproximar das coisas e absorvê-las sem ser absorvido. Pensar quase que agnosticamente.

Posso estar falando um punhado de bobagem, mas essa é uma das reflexões que as campanhas eleitorais me promovem. Acredito que o eleitor brasileiro deveria pensar mais nessas coisas: o que está em jogo é o País e não uma competição publicitária. É preciso esquecer esses rótulos partidários e atentar às idéias de cada candidato para, enfim, discernir sobre em quem votar. Aos candidatos partidariamente inflexíveis, um lembrete: o absoluto é inacessível ao homem.

quarta-feira, agosto 30, 2006

O tempo passou rápido demais...

Domingo passado, 2,7 milhões de brasileiros prestaram o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Eu era um deles. Mais uma etapa vencida na corrida rumo ao vestibular. Vencida, aliás, não é a palavra mais correta. Percorrida se encaixa melhor. Afinal, meu desempenho - apesar de bom - não foi excelente. O que me assusta não é a nota, mas a proximidade com o vestibular.

O tempo passou rápido demais...

Lembro-me como se fosse ontem do meu primeiro dia no Colégio Tríade, onde cursei da 1ª até a 5ª série...

Cheguei atrasado (como aconteceria em quase todos os meus dias naquele colégio) e estava extremamente nervoso. Pela primeira vez, estudaria em classe separada da minha irmã. Mas me enturmei rapidamente e o nervosismo sumiu. Na 5ª série, fui estudar de manhã e não gostei. Nesse mesmo ano, o Tríade faliu e eu me mudei pro Sagrado.

Na primeira aula, de Inglês, fui acolhido por aquele que se tornaria um de meus irmãos ali dentro: Ricardo Soares. Lembro-me que, nessa aula, sentaram juntos eu e o Monzillo e o Soares e o Pavão. Na sétima série se formaram as primeiras grandes amizades e as paixões primordiais. Na oitava, o grande amor. E o colegial passou tão rápido quanto agradável... E é isso!

O tempo passou rápido demais...

Mais uma vez, recorro a dicotomia de nossa existência para concluir minha reflexão. Acontece que há um lado que me conforta e outro que me aperta no fim de todas essas linhas: o que me incomoda é constatar que sou um nostálgico saudosista que vai se lamentar toda vez que olhar pra trás; o que me devolve a tranquilidade é constatar que sou um nostálgico saudosista que, justamente por ser assim, nunca vai esquecer de tudo que deixou pra trás...

sábado, agosto 12, 2006

18 anos

O que difere uma menina de uma mulher?
Acho que a resposta mais simples e abrangente viria com uma palavra: "tempo". Afinal, o que é a vida se não o passar do tempo? Cabe a nós deixar essa passagem mais ou menos agradável. Durante esse tempo que gastamos nesse plano universal, algumas datas e momentos ficam marcados, guardados.
Hoje, dia 12 de agosto de 2006, é uma dessas datas para uma pessoa muito especial, que completa um ciclo de vida. Ao completar 18 anos, a Pri deixa de ser criança para virar mulher (ao menos perante os olhos da lei). E eu queria aproveitar esse espaço virtual que possuo para oficializar todos os meus sentimentos sobre este dia:

São quase 3 anos de união... Quando ficamos juntos pela primeira vez, a Pri tinha 15 aninhos de idade. Posso afirmar com absoluta certeza que crescemos muito juntos, aprendendo um com o outro. Então, eu queria agradecê-la por tudo que ela me mostrou nesse tempo todo. Por todas as vezes que ela me ajudou e me alegrou nesse tempo todo. Por todo o suporte que ela me prestou nesse tempo todo. Por todo esse tempo todo. Tenho só um desejo: retribuir tudo à altura! E, se a vida é o passar do tempo - e o que fazemos com ele - acho que "esse tempo todo" prova que já temos a nossa vida - e que ela é extremamente boa!

Pri, PARABÉNS, não só pelos 18 anos, mas por tudo que você é!!!
Amo você demais!