sábado, abril 30, 2005

Casacos de Pele

Eu deveria estar escrevendo sobre o jogo do Brasil e Guatemala (que foi muito bom, por sinal!), mas um assunto que surgiu na sala de aula essa semana me chamou mais atenção: a matança de animais para a confecção de casacos de pele e afins.
Quando esse assunto vem a tona em rodas de discussão, geralmente a opinião é unânime: todos se colocam contra! Porém, supreendentemente, meu amigo resolveu se posicionar favoravelmente a essa atrocidade. Confesso que isso me assustou um pouco. Nós, jovens, deveríamos estar super conscientes sobre isso. E as coisas que eu ouvi foram terríveis: "É o mesmo que matar vaca para fazer churrasco!" (exceto pelo fato de sermos polífagos e necessitarmos das proteínas que a carne fornece); "Deveríamos criar raposas só pra isso!" (exceto pelo fato de que criar animais silvestres em cativeiro é uma tarefa extremamente difícil, ou você já ouviu alguém dizendo 'Eu tenho 1000 cabeças de raposa na minha fazenda'?); "A crueldade é a mesma, só que dos bichinhos vocês tem dó porque eles são bonitinhos!" (exceto pelo fato de que os animaizinhos que são usados para confecção de roupas são despelados ainda vivos).
Um absurdo atrás do outro. Coisa assim não pode acontecer. Já perdemos muitas espécies de animais para a ganância e alimenatar a indústria de comércio de peles é um ato que não pode ocorrer. Comercializar pele de animais silvestres deveria deixar de ser um crime apenas contra o bom senso e passar a ser um crime perante a legislação. Meu tio Dagô (citado no primeiro post desse diário) mantém um blog contra atrocidades cometidas contra animais. É o Central Animal. Vale a pena freqüentar. Afinal, quanto maior o número de combatentes contra esses babacas assassinos, melhor. E vamos tentar colocar na cabeça que, mesmo que você não os ache bonitinhos, eles são importantes para o ecossistema e para a vida do planeta. Se isso não te convencer de que esse tipo de carnificina é uma atrocidade, imagine a sua mãe sendo despelada ainda viva...

terça-feira, abril 26, 2005

"Jogo das Estrelas" - Episódio I

Amanhã, estréio em jogos de seleção! O jogo das estrelas (Marcos, Magrão, Romário, Robinho, etc.)!
Calma, não sou atacante, técnico nem gandula! Sou apenas um torcedor. Um torcedor dentre os quase 40.000 que vão lotar o Pacaembú amanhã. Não acredita. Pois procure amanhã:

AMISTOSO DA SELEÇÃO
BRASIL X GUATEMALA
Local: PACAEMBÚ 27/04/2005 - 21:45
Setor: ARQ AMARELA S:10 P: PRINCIPAL - Cat: MEIA
FILEIRA:_U_ CADEIRA: 0048 N.Série: 001071

É o que diz meu ingresso!
E como sofri para adquiri-lo!
Cheguei ao Shopping West Plaza com o Ricardo por volta de 14:15. Uma fila se formava nas portas da loja Roxos e Doentes, ponto de venda de ingressos para o amistoso. Nos informamos e descobrimos que os ingressos para o setor laranja haviam esgotado. Decidimos então comprar assentos no setor amarelo. A fila não andava (devido à uma queda no sistema de venda de ingressos, cada comprador demorava cerca de 5 minutos para adquirir seu ingresso). Fomos conversando e deixando o tempo passar. O frio era congelante e o vento cortava nossos rostos. Nossos joelhos já não nos sustentavam mais quando, por volta de 15:20 (haviam umas dez pessoas na nossa frente), nos avisaram que só tinham mais 700 ingressos à venda em São Paulo. Aqueles 18 minutos foram agonizantes! Finalmente, às 15 horas, 38 minutos e 14 segundos (calma, não sou doente; apenas sei do horário pois consta no meu ingresso!), adquiri meu passaporte para o meu primeiro jogo de seleção!

Só espero que o time não decepcione! Amanhã narro mais um episódio da saga "Jogo das Estrelas"!

quinta-feira, abril 21, 2005

Relacionamentos

"I'm the man on the side
Hoping you make up your mind
I'm the one who will swallow his pride
Life as the man on the side."
John Mayer

Existem vários tipos de relacionamentos. O que eu vou tentar entender aqui é o relacionamento amoroso e afetivo entre duas pessoas que se atraem. O amor de homem e mulher (nossa sociedade anda tão moderninha que já nem é mais possível usar esse chavão!). Talvez um dos tipos de relacionamento mais complexos e difíceis de se entender. Mas, como para mim nada é impossível, ou pelo menos "intentável", vou procurar fazê-lo!
Pra começar, é preciso analisar os elementos dessa mistura explosiva: o homem e a mulher. Mais uma vez, vale lembrar que esse texto é meramente uma opinião desse que vos lhe escreve! E, na minha opinião, macho e fêmea, genericamente falando, podem ser explicados assim:

- O Homem: É, geralmente, o dominado que se acha dominador. Banca o machão, o durão, mas quando sua mulher faz um doce, um charme, ele já se entrega todo, desmanchando por completo sua cobertura, seus escudos. Valoriza muito o físico dela, mas não se incomoda em parecer bonito. É ciumento, possessivo e grosso, além de orgulhoso.

- A Mulher: É, genericamente falando, a dominadora (logicamente). Apesar de não parecer, esconde muito mais os seus sentimentos do que os homens. Isso lhe dá muita vantagem nas brigas. Também usa e abusa do seu corpo, voluntariamente ou não. Se incomoda mais com o seu próprio físico do que com o do macho.Também é possessiva e orgulhosa, mas é muito mais ciumenta que o homem. Com o tempo, acaba se entregando também,

Explicado os componetes dessa trama, podemos agora falar um pouco mais sobre a relação entre os dois.

A histórinha é quase sempre a mesma. Eles se conhecem através de um amigo de uma amiga dela. Trocam telefone ou MSN e começam a se corresponder. Vão ficando mais amigos, só que um tipo de amizade diferente das outras: a amizade interesseira. Interesseira pois nenhum dos dois quer parar apenas na amizade. Várias indiretas acontecem, até que ele decide contar o que ela já sabia: "Estou a fim de você!". Ela responde, no ato: "Ai, não acredito! Achei que você gostava da Joana! Que bom que meus sentimentos são correspondidos!". Um certo elo é estabelecido. Ele é praticamente obrigado a se distanciar dos amigos e entrar no mundo social dela. As coisas vão evoluindo e ambos começam a realmente gostar um do outro. Começa uma pequena fase ruim, de briguinhas e vacilos de ambas as partes. Depois de um tempo, se o casal sobreviver a esta fase, já estão se amando. "Te amo!" pra cá, "Você é linda!" pra lá. A vida está um doce! Porém, o tempo passa e ele é cruel. Vem a desconfiança. Vem também o ciúmes, que, no começo, é tolerável! Depois, se torna algo descontrolado, que só faz mal. "Não acredito que você vai mandar uma mensagem pra Joana!!! EU TE ODEIO!!!", "EU TAMBÉM TE ODEIO!!". Porém, nessa fase, o homem já está completamente dominado. E, cumprindo seu papel de presa, fica correndo atrás, pedindo perdão, mandando flores, mensagens, cartas, e-mail's! A mulher, embora não adimita, também está dominada. E perdoa seu amado sempre! E assim começa o "Ciclo do Amor/Ódio". Os sentimentos são irregulares e mudam de minuto a minuto. Se o amor for forte e a paciência de ambos também, esse casal tem tudo para dar certo! Se não, cada um pro seu lado. E bola pra frente.

Agora, com licença que eu oreciso fazer meu papel de homem: ligar pra Pri, que aliás eu amo muito!, e ficar correndo atrás!

sexta-feira, abril 15, 2005

Pupila Dilatada

Caros leitores (são tão poucos que eu poderia escrever o nome de cada um aqui), hoje dilatei minhas pupilas! Para quem não conhece, essa é uma técnica para "abrir" os olhos para uma análise mais precisa do médico. Por exemplo, hoje descobri que meu grau de miopía aumentou! Mas enfim, eu quero falar sobre o efeito que esse método causa na gente.
Simplesmente perdemos o foco das coisas! Tudo fica embaçado e é difícil, pra não dizer impossível, de olhar as coisas com clareza. Ler legendas, enxergar as minúsculas letras que aparecem no meu monitor, ler jornal, tudo vira uma guerra. E não pense que é só para tarefas menores que o foco faz falta. Andar na rua é difícil também! Hoje precisei ser guiado pela Pri para não ficar tropeçando por aí... É simplesmente inviável de enxergar a realidade com clareza. E, juntando isso com uma discussão que tive com um colega hoje, pensei na seguinte analogia:
"Esquerdistas em geral estão sempre com a pupila dilatada: acham que o justo é injusto e que preto é branco". É a única explicação lógica que eu encontro para justificar como certas pessoas podem pensar de acordo com uma política sócio-econômica criada no começo do século passado. Porque eu gostaria muito de entender como certas pessoas podem pensar que os homens são todos iguais?? Como podem essas certas pessoas pensarem que "justo" é não haver reconhecimento de talento, inteligência e esforço pessoal?? Como pensar que uma ditadura é uma "utopia"?? Como podem achar que a saída está em dividir a pobreza do mundo?? Chega a ser absurdo, irreal. Felizmente não vou, mas gostaria de ver essas mesmas pessoas vivendo com uma barra de sabão durante um mês inteiro, em um sobradinho de dois quartos. Queria vê-los trabalhando com algo imposto pelo governo. Isso que é justiça social...
Semana que vem vou buscar meus óculos. Vou tentar arranjar mais uns tantos para esse pessoal que está espalhado por todos os cantos...

segunda-feira, abril 11, 2005

Nostalgia, maturidade e Pokémon's

Nostalgia é a aquela sensação que nos bate quando deparamos com algo de nossa infância. Aquela saudade misturada com uma ponta de melancolia. Tenho certeza que todos já passaram por isso. A minha sorte é o fato de eu ter apenas 16 anos e não ter que regredir muito quando quero reviver uma situação da infância. O problema (???) é que eu vivo em uma constante nostálgica. Sempre quero fazer as coisas que fazia há 6, 7, 8 anos. Hoje, atravesso mais uma dessas fases: jogo do Pokémon para Game-Boy.
É muito bom ter acesso a esse joguinho aqui pelo PC. Mais uma das inúmeras vantagens da Internet. As lembranças que me vem na cabeça ao jogá-lo não são só dos bichinhos e os seus ataques (elas vem também: Charmander - Charmeleon - Charizard! hehe!) . Vem toda aquela carga de memórias dos tempos de Colégio Tríade e de Rua Aurélia, quando havia a maior rivalidade para saber quem recolhia as insígnias o mais rápido possível. Quando nos reuníamos na sala de aula para ligar um Game-Boy ao outro para duelarmos. Ou quando descíamos eu, minha irmã e dois vizinhos pra portaria do prédio para discutir a série e o game. Outro dia, voltando do oculista, passei em frente ao meu ex-colégio. Fiquei fitando a entrada por longos minutos. E todas essas cenas me vieram na mente. Embora eu prefira os dias de hoje, aqueles foram inegáveis bons tempos.
Porém, viver nessa constante nostálgica me deixa um pouco "inquieto". Afinal, será que eu não amadureci?? Será que eu não quero amadurecer?? E, o que diabos é "maturidade"??
Segundo o Dicionário Aurélio, maturidade é "perfeição", fase final do processo de crescimento. Acho que, graças a Deus, nunca atingimos um nível total de maturidade. Por que isso?? Porque, acho eu, não queremos amadurecer! E, respondendo por último a minha primeira pergunta, acho que amadureci sim. E tenho certeza de que ainda vou amadurecer ainda mais. A sorte que temos é que podemos visitar nossa imaturidade sempre que quisermos, seja visitando um lugar significativo, seja jogando um jogo besta (mas viciante!). Ainda bem que, ao contrário dos Pokémon's, podemos regredir nossas evoluções!

terça-feira, abril 05, 2005

Voltando / Super-Heróis

Voltando

Lulu Santos diz em uma de suas músicas: "estou voltando pra casa, de vez!". E é mais ou menos isso que estou fazendo! Voltando ao meu humilde blog para, novamente, soltar minhas impressões sobre a realidade. Deixar minhas "mensagens em garrafas", mais uma vez. E dessa vez, prometo engrenar.

Super-Heróis

Começo, como no texto acima, citando um bom músico brasileiro. Dessa vez, Jorge Vercilo, que compôs a música "Homem Aranha". Lendo o título da redação e o nome da música, o leitor pode supor que vou escrever sobre heróis da Marvel, DC Comics, etc. Mas, se prestarmos atenção na letra dessa canção, notaremos que se trata de outro super-herói: o (a) pai (mãe) de família. Vercilo diz: "Hoje o herói agüenta o peso das compras do mês; No telhado, ajeitando a antena da tevê; Acordado a noite inteira pra ninar bebê". Super-herói, pra mim, é aquele que enfrenta o dia a dia, que transpira sangue para fornecer o mínimo de conforto para a família, que enfrenta a criminalidade, o trânsito e todas as dificuldades que a vida os proporciona, sem nenhum tipo de super-poder.
Criar filhos é talvez uma tarefa mais difícil do que derrotar Lex Luthor empunhando uma espada de kryptonita. Não conseguir dar para sua mulher o que ela espera deve ser mais dolorido que cair de um prédio em New York sem cartuchos de teia para te salvar.
Manja aquela frase que o tio Ben disse para o Peter Parker? "Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades"?? Pois é. No caso dos heróis caseiros, essas responsabilidades vêm sem os grandes poderes.
Por isso que eu encho o peito com orgulho pra dizer que meus Sr. Incrível e Sra. Incrível são meu pai e minha mãe! Quem estiver lendo, deveria pensar nisso. Valorizar. É difícil, mas é importante tentar. Tenho certeza que seu Bat-father prefere ter você como Robin do que como Coringa!